Sabemos que milhares e milhares
de mães já perderam seus filhos de muitas formas diferentes. Cada uma dessas
mães teria uma triste história para contar, de como seu filho ou filha morreu,
por assassinato, roubo, acidente de carro e todo tipo de doença. Quanta dor e
sofrimento para cada uma delas. Não é mesmo?
Hoje quero falar de uma mãe em
especial, um pouco de seu sofrimento, uma mãe que é o exemplo vivo que todas as
mães deveriam se espelhar, na alegria, na tristeza, na saúde, na doença e na
morte também. Estou me referindo à Maria de Nazaré, a mulher que foi concebida
sem a mancha do pecado original e que viveu a castidade durante toda sua vida.
Alguns se perguntam ainda hoje, “mas Maria era casada com José, como poderia
ser virgem?”. Sim, Ela era esposa de José, mas de comum acordo os dois viveram
a vida toda na castidade, pois com o anúncio do Anjo Gabriel de que Maria seria
Mãe do Salvador, eles decidiram que só lhes bastaria um único filho, já que Ele
seria O Filho de Deus, e como tal viveriam apenas para cuidar do Santo Menino.
Mais tarde José faleceu, e Maria
e Jesus continuaram a viver em Nazaré. Jesus trabalhava como carpinteiro, até o
dia em que Ele precisou deixar tudo para cuidar dos planos de Seu Pai, O Seu
Divino Pai Eterno.
Jesus conhecendo os planos da
Missão que Seu Pai lhe confiara, já sabia que não ia acabar bem, pois com uma
nova doutrina, Jesus precisava autenticar com a sua própria vida o mandamento
novo, o mandamento do amor e dizia “não há maior amor do que aquele que dá a
sua vida pelos seus amigos”.
Quando finalmente chegou o grande
dia em que havia desejado ardentemente, reuniu seus amigos e discípulos
conhecidos como Apóstolos e na Santa Ceia da Páscoa tomou o pão e o vinho e os
transformou em Seu Corpo e Sangue. Naquele ritual ficou instituída a Santa
Eucaristia, da qual todos os seus irmãos tomaram e comeram. Este Santo Presente
de Deus nos foi dado ao longo de muitos séculos até os dias de hoje. Este
mistério de fé é celebrado na única igreja fundada por Jesus Cristo, A Igreja
Católica Apostólica Romana.
Naquela mesma noite Jesus foi
preso no jardim das oliveiras onde passou pela grande prova, pois o inimigo
queria fazer Jesus desistir de entregar sua vida sendo pregado na cruz. E Jesus
suou suor de sangue só em meditar todo o sofrimento pelo qual haveria de
passar. Então pediu ao Pai que se fosse possível afastasse dEle aquele cálice
de sofrimento, mas também disse ao Pai “faça-se a Tua Vontade e não a minha”.
Meus queridos irmãos, Jesus sabia
que se Ele fraquejasse naquela hora e desistisse de morrer, dando sua vida por
nós naquela cruz, o mundo estaria perdido e não haveria salvação para ninguém e
nesse caso, o inimigo teria sido o grande vitorioso. Mas para nossa alegria
Jesus disse sim ao Pai, faça-se a Tua Vontade.
Jesus foi levado pelos soldados
do Templo aos sacerdotes, que se reuniram e condenaram Jesus à morte.
Poderíamos dizer que foi um julgamento leviano, mentiroso e vergonhoso. Pois
Jesus não havia feito nada de mal, muito menos maldade que merecesse a morte.
De lá do Templo Jesus foi conduzido a Pilatos e ao Rei Herodes, depois voltou
para as mãos de Pilatos que mandou flagelar Jesus mesmo sem encontrar nenhum
motivo para isso. Com medo de uma rebelião, Pilatos entregou Jesus para ser
crucificado.
Maria sabendo por João, discípulo
de Jesus, tudo que estava acontecendo ao Seu Filho, não O abandonou, pois sabia
de sua inocência e sabia dos planos do Pai. Maria encontrou Jesus no caminho do
Calvário, carregando Sua Cruz com grande dificuldade. A Mãe de Jesus O viu
totalmente desfigurado e caminhou com Ele até o local da crucificação.
Maria permaneceu aos pés da Cruz
e viu quando Jesus deu Seu último suspiro. Logo depois Ela recebeu o corpo de
Jesus em seus braços e sentiu muitas espadas de dor perfurando seu coração.
Tendo O Autor da Vida sem vida em seus braços foi uma experiência amarga e
cruel. Mesmo sabendo que Ele haveria de ressuscitar depois de três dias, Maria
sentiu na carne a dor de perder um filho, dor essa que só uma mãe pode
conhecer.
Depois que Jesus ressuscitou e
ascendeu aos Céus, Maria por muito tempo fez o caminho da Via-Sacra de Seu
Filho, percorrendo o trajeto até o Calvário, relembrando cada passo de Jesus e
todas as dores que Ele teve que passar.
Maria não murmurou, não reclamou
direitos e deveres de nenhuma autoridade, mas todos os envolvidos na condenação
de Seu Filho que se arrependeram, Ela os recebeu de braços abertos e feliz,
pois Ela viu que a morte de Seu Filho não havia sido em vão.
Hoje vemos grupos de mães que
perderam seus filhos se unindo para exigir uma reparação por parte da justiça
devido suas perdas trágicas. Gostaria de dizer hoje a todas estas mães sofredoras
que voltem para a Igreja Católica, confessem-se, comunguem o Corpo de Nosso
Senhor Jesus Cristo e entreguem sua dor e seus sofrimentos nas Mãos do Pai
através de Jesus e abram a porta de seus corações para que Ele possa curar as
suas feridas. Somente Jesus pode curar
os seus corações e os corações do mundo inteiro.
Que Jesus abençoe todas as mães
sofredoras e que todas se coloquem sob o manto protetor de Nossa Mãe A Virgem
Maria Santíssima.
Um forte abraço em Cristo,
Nelson Stupp.
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